Em que fase da cobrança a Investigação Patrimonial pode ser útil ao credor?

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Em princípio, embora não seja desejo do credor, é inevitável que no cenário de concessão de crédito grande parte dos esforços seja despendido na cobrança. Segundo dados do Serasa Experian, em março de 2019 havia 63 milhões de consumidores inadimplentes no país, o que representaria 40,3% da população adulta.

Em seguida, para piorar a situação no país, segundo dados do Banco Mundial do mês de maio de 2019, quando há necessidade de execução de dívidas, somente 13% dos valores emprestados são recuperados.

Diante dessas estatísticas alarmantes, a capacidade de recuperação de créditos torna-se quase um diferencial para as empresas diante da concorrência. Não só porque a recuperação de crédito reduz os prejuízos, mas também porque ela influencia diretamente na lucratividade do negócio.

Nesse sentido, você sabe em que fase da cobrança a Investigação Patrimonial pode ser útil ao credor nos processos de recuperação de crédito? Confira a seguir nossas dicas sobre o assunto.

Quem pode utilizar a Investigação Patrimonial?

Apesar de tradicionalmente se associar “recuperação de crédito” a instituições que literalmente concedem crédito, qualquer empresa que realize operações a prazo está sujeita ao cenário de inadimplência de seus devedores.

Desse modo, a Investigação Patrimonial pode ser uma grande ferramenta para qualquer tipo de credor.

Contudo, ainda que a Investigação Patrimonial tenha potencial para elevar as taxas de recuperação do crédito, há um fator determinante para seu resultado que está totalmente nas mãos do credor: o momento.

Em que momento da cobrança a Investigação Patrimonial pode ser útil?

Em virtude de diversos fatores influenciados pelo tempo, como prescrição, movimentação de patrimônio e aumento de passivo, é importantíssimo ao credor utilizar a investigação no momento certo. Mas qual seria o momento certo? A resposta é: o mais breve possível.

É extremamente difícil mensurar, sem uma investigação, o risco de não recuperar o crédito. Portanto, o credor não pode ficar a mercê de resultados negativos de buscas tradicionais e da morosidade do judiciário.

O melhor momento para se investigar o patrimônio de um devedor é no inicio de sua inadimplência, antes mesmo da judicialização e utilização dos mecanismos fornecidos pelo judiciário para processos de execução.

Promover a investigação no início da inadimplência pode auxiliar o credor a identificar indícios de migração de operação, ocultação patrimonial, ou até mesmo antever um possível pedido de recuperação judicial ou o risco da propositura de uma falência em tempo hábil para tomar medidas que assegurem a recuperação do crédito.

Devido à morosidade do poder judiciário e do alto custo que um processo de execução pode representar com o passar do tempo, a investigação antes da judicialização da dívida muitas vezes influencia positivamente o resultado líquido da cobrança, uma vez que pode auxiliar o credor em uma renegociação.

A Investigação é aplicável em dívidas antigas?

Apesar de o tempo influenciar negativamente o resultado de uma Investigação Patrimonial, sua utilização em dívidas antigas não pode ser descartada. Quando a inadimplência ocorre por crise financeira do devedor é inevitável que, quanto mais tempo se passar, menor as chances de recuperação.

Entretanto, muitas empresas quando estão na eminência de uma crise, optam por migrar suas operações para novas pessoas jurídicas, promovendo a ocultação patrimonial dos bens da empresa e de seus sócios, uma vez que os mecanismos fornecidos pela legislação brasileira tornam mais fácil essa opção do que o enfrentamento da crise.

Nesse cenário, a Investigação Patrimonial é crucial para levantar evidências de que foram operadas tais estratégias para que o credor possa tomar as medidas judiciais cabíveis.

Em conclusão, seja no primeiro dia posterior ao vencimento da dívida ou anos depois do ajuizamento da execução, a Investigação Patrimonial é uma ferramenta determinante para que o credor tenha um diferencial em relação aos concorrentes, influenciando direto na lucratividade da empresa através da redução do prejuízo com a inadimplência.

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